Estudo Sobre Cogumelos Mágicos

Efeitos alucinógenos dos cogumelos são duradouros, indica estudo

Os efeitos de plenitude e tranquilidade provocados pela psilocibina, uma substância alucinógena contida nos cogumelos, parecem ser duradouros, revela um estudo publicado em Julho de 2006 nos Estados Unidos. Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (Maryland) observaram que a maioria dos 36 voluntários que tomaram psilocibina, em condições controladas, constataram seus efeitos após mais de um ano. "A grande maioria destes voluntários definiu sua experiência (de 14 meses) como a mais construtiva no âmbito pessoal e a mais significativa no nível espiritual em sua vida", disse o doutor Roland Griffiths, professor de psiquiatria e neurociências da Universidade Johns Hopkins, principal autor do estudo, publicado no "Journal of Psychopharmacology".

Para garantir que as pessoas não imaginaram suas experiências, cada voluntário recebeu ou a psilocibina ou o metilfenidato, um estimulante conhecido para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Os participantes da pesquisa, todos de boa saú
de física e mental, de elevado nível cultural e de espiritualidade ativa, viveram uma "experiência totalmente mística" após consumir a psilocibina. Um terço dos voluntários afirmou que a experiência foi a mais significativa em termos espirituais de toda sua vida. Muitos a compararam ao nascimento do primeiro filho ou à morte de um pai ou uma mãe. "Raramente em uma pesquisa psicológica foi possível observar efeitos positivos tão duradouros depois de apenas uma experiência de laboratório". Estas conclusões apóiam a crença de que experiências místicas vividas por algumas pessoas em sessões com alucinógenos podem ajudar doentes que sofrem de ansiedade ligada ao câncer ou à depressão.
Para Solomon
Snyder, um neurocientista da Johns Hopkins que já fez experiências em si mesmo com o LSD, os estudos podem levar à detecção do "locus da religião" e das bases biológicas da consciência no cérebro. Mas, segundo Griffiths, seus estudos serão exclusivamente científicos. "Não estamos entrando na questão de ''Deus existe?''. Esse trabalho não pode e não vai chegar a esse ponto." A psilocibina também seria um potente instrumento para tratar os dependentes de drogas.

Timothy Leary

Timothy Francis Leary (22 de outubro de 1920 - 31 de maio de 1996), escritor americano, psicólogo e militante das substancias psicodélicas. Ficou famoso como um proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD além de ser um designer de software e principal advogado da realidade virtual como uma forma de exploração dos potenciais humanos. Conhecido também como o “Pai da Contracultura”, e como o homem que orientou os Beatles em suas viagens lisérgicas. Entre os principais defensores do uso do LSD nos anos 60, que chegou a ficar conhecido como "guru do LSD". Doutor em Psicologia, Leary lecionou e desenvolveu pesquisas sobre o cérebro e a mente humana em importantes universidades americanas, como Berkeley e Harvard. No verão de 1960, em férias no México, um amigo antropólogo lhe ofereceu alguns cogumelos alucinógenos conhecidos como psilocybin, dos quais ele já tinha ouvido falar. Tim experimentou-os esperando que eles pudessem ser a chave da transformação psicológica... e ficou pasmo com a experiência. Era como se de repente, tivesse espiado pelas cortinas e descoberto que o nosso mundo - tão manifestadamente real e concreto - era na verdade uma construção mental.

Segundo ele, cinco horas sob o efeito dos cogumelos foram mais reveladoras do que os seus quinze anos de pesquisa, assim, conseguiu convencer o Departamento de Psicologia de Harvard a iniciar pesquisa administrando psilocybin a estudantes, que se mostraram interessados.

Após experimentar uma poderosa substância alucinógena descoberta nos anos 40 pelo cientista suíço Dr. Albert Hoffman, chamada simplesmente LSD, Tim teve a certeza de ter encontrado o caminho. Ele e o professor Richard Alpert (que mais tarde mudaria o nome para Baba Ram Dass, tornando-se um respeitado professor de disciplinas orientais), deram seqüência às pesquisas. Porém, muitos dos outros professores ficaram intranquilos vendo drogas serem administradas aos estudantes, exigindo que houvesse maior supervisão nos seus experimentos. Nos meses que antecederam sua morte (por conseqüência de um câncer na próstata), escreveu um livro chamado Design for Dying ("Projeto para morrer"), uma tentativa de mostrar às pessoas uma nova perpectiva da morte e do morrer.

Suas últimas palavras foram "Why not?" ("Porque não?").
Leary foi cremado e em outubro de 1996, suas cinzas foram transportadas pela espaçonave Pegasus e liberadas no espaço com auxílio de um satélite, junto com as de Gene Roddenberry, criador de Jornada nas Estrelas, e de outros cientistas e pioneiros em estudos aero-espaciais, tais como o físico da High Frontier Space Station, Gerard O’Neill, e Todd Hauley, professor da International Space University.

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